Em noite de retornos, Mancini vence e convence na Copa BH

Salve, Salve, cambada de Luca Badoer. Vigésima Coluna do Kojak e lá se foi a 7ª etapa da histórica 10ª temporada da Copa BH. Voltamos ao kartódromo do RBC para alinhar 23 karts (e sem convidados), para mais uma noite de muitas emoções, como diria o Rei Roberto Carlos (Quem foi Elvis?).

Na tomada de tempo “Nevou” em Vespasiano! Bicalho Neves voltou a fazer uma pole na categoria maior do automobilismo e mostrou que volta rápida, contra o cronômetro, é um assunto que ele domina. Destaques para as posições de largada de Marco Brasil na P4 (não é a primeira vez que larga bem) e a P12 do novato Felicio Mansur, mostrando já alguma evolução.

Na largada Bicalho conseguiu manter a pole e liderar durante boa parte da prova, mesmo sendo atacado o tempo todo por Anselmo, Mancini e Júlio. Ele chegou a perder a liderança por mais de uma vez, mas o Homem das Neves estava muito bem e a retomava. Porém num lance de difícil análise, envolvendo Guiboua, Anselmo, Mancini e Bicalho, sobrou para o então líder que caiu para a P6. A comissão reafirma seu compromisso com a ética na pista. Os pilotos ponteiros estão no limite do que entendemos permitido nesse regulamento atual. Por enquanto, segue o jogo. Bicalho ainda buscou uma boa P4 na última volta.

E por falar em última volta, vamos ao vencedor. Pedro Mancini que de manso não tem absolutamente nada, entrou na última volta em terceiro e nem tão grudado assim nos ponteiros. Mas além de espelhar-se no clássico de 1985, “Retroceder Nunca, Render-se Jamais”, ele contou com a disputa cega entre Júlio Dartagnan e Anselmo Hulk Sírio, que preocupados um com o outro tomaram a bomba ninja do Mancini nas vossas caras e quando saíram da fumaça o garoto já estava com o braço erguido. Essa foi de manual Jiraya!!

Mancini conquista sua primeira vitória e segue sua trajetória estelar na Copa BH. Hulk, Dartagnan, Neves e Guiboua fecharam o pódio.

O líder do campeonato, Léo Tumulto, fez uma prova de recuperação, pois teve problemas na classificação e chegou numa boa P7. Segue o líder, que agora está na mira do Hulk.

Depois de algumas provas com desempenho aquém do seu histórico Júlio Dartagnan voltou a andar bem e sonhar com algo melhor no final da temporada, e desta vez a PALAVRA DO PILOTO é dele: “Larguei em 5° e todos dizendo que o meu kart era o mais bala! Essa “bala” pesa demais! Na largada caí pra 6°, mas no enrosco do Marco Brasil com o Adalberto Senna já pulei pra 4°. Na 15a volta assumi a ponta após disputa eletrizante com o Bicalho e o Ceceu. Já na penúltima volta, o Ceceu me passou e quando vi a bandeira branca fui pra cima daquela forma. Coração no acelerador. Resultado: errei e perdi até o 2° lugar. Tentei de tudo para retomar a posição, mas em vão. Chegamos os 3 karts praticamente lado a lado. Um pouco desapontado por ter perdido a ponta, mas feliz pelo pódio que não vinha há 3 etapas e por ter “caído de pé”. Ganhei um fôlego a mais para as 3 últimas etapas em busca do Top 5. O campeonato está muito equilibrado, entraram novos pilotos, todos de ponta, que respeitam o coleguinha e 2021 promete!!!

Vamos aos comemorados retornos dessas ilustres figuras nas paginas heroicas e imortais da Copa BH.

Retorno 1) Bruno Scopim ao pelotão da frente. Conhecido como o Jenson Button da Copa BH ou Bruno Escopeta, o campeão de 2016 andou um tempo no mundo Asiático e está sentindo ainda o fuso horário e a falta de ritmo. Mas como sempre digo, título tem que ser respeitado e o Escopeta cravou a melhor volta da prova e brigou pelo pódio até o fim. Ótima P6.

Retorno 2) Laurence da Arábia: Tradicional piloto desse certame, foi um dos mais afetados pela pandemia. Voltou para ajudar a sua equipe e vai voltar para a briga com certeza em 2021.

Retorno 3) Flavim Rodrigues : Mais um que tem anos de Copa BH e estava afastado renegociando contrato, agora vai pagar o preço de andar em ligas menores. Se vira!

Retorno 4) Tumati : Após uma lesão grave por não saber cair, o mito, a lenda, voltou para cravar a 13ª volta mais rápida. Chupa Jadson! Brincadeira a parte, importante retorno para este personagem icônico da Copa BH.

Ficha técnica :

  • Pole : Alexandre Bicalho. (Neves)
  • Vitória : Pedro Mancini (Jiraya)
  • Melhor volta: Bruno Scopim (Button; Escopeta)
  • Ponto de evolução de pelotão : Rogério Malaguti (Kojak; Deathstroke)(9 posições)

Súmula da comissão :

Evitamos ao máximo mudar as regras do jogo com ele em andamento, então ano que vem teremos novidades. Não chegamos a abrir o grupo de analise por falta de conjunto probatório convincente. Mas houve uma punição por infração de regulamento.

Vídeo 1, câmera do Marcelo. Largada Victor Silva. O piloto muda de faixa antes de cruzar os cones. Punição de 10 segundos. (Art. 5.4 do regulamento). A corrida só está valendo após os cones. Iremos editar novamente este item para deixar mais claro ainda!

Agradecemos aos pilotos convidados e pela ajuda na contagem dos lastros e peso.

E como diria Kal-El : “para o alto e avante!!”

Sessão quem é o piloto ? Luca Badoer é um ex piloto italiano, que após perambular por equipes pequenas da F1, virou piloto de testes da Ferrari por 10 anos. Quando Felipe Massa sofreu aquele grave acidente da mola na cabeça, Badoer foi chamado para substitui-lo e o resultado foi desastroso. Na sua primeira corrida foi eliminado no Q1 do qualy e multado quatro vezes por excesso de velocidade nos boxes. Na prova seguinte, a última colocação entre os pilotos que terminaram não o ajudou, enquanto seu companheiro Raikkonen vencia a prova. Foi substituído imediatamente por Fisichella. Uma das piadas mais conhecidas foi um trocadilho em inglês com o nome de Luca Badoer, transformado em “Look-how, Bad-you-are” (veja como você é ruim, em português) pela sonoridade semelhante. O italiano conquistou o indesejável recorde de 50 corridas disputadas sem somar um ponto sequer na Formula 1.

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Em Betim, Léo Oliveira vence a segunda consecutiva

Salve, Salve, cambada de Yuji Ide. Mais uma vez a Copa BH foi ao Kartódromo de Betim, levando seu elenco digno de Oscar (só tem artista) para a 6ª etapa da temporada. Quando achávamos que já tínhamos problemas demais, alguém chamou o Tumulto para participar e ele resolveu generalizar, e agora cravou sua segunda vitória consecutiva e entrou com o pé na porta na disputa do título deste ano.

Durante a tarde de pré corrida, a resenha no grupo oficial de Whatsapp sempre aumenta e mostrando toda minha sapiência automobilística, apontei alguns nomes para brilhar na noite e citei o Mauro “Menino de Ouro”.  Na tomada de tempo, Maurim me deu razão e cravou sua primeira pole neste ano, dividindo a primeira fila com Guiboua. O então líder do campeonato, Adalberto “Senna” Diniz largou na P11 e o então vice, Bicalho Neves na P16. Onde andam os antis do regulamento?

E lá foram eles rasgando a reta, e na primeira curva, ali no meio do pelotão, Marco Brasil, Senna Diniz, Kojak e Jads do Açaí resolveram dar as mãos e andar juntos, com borrachões unidos, para assim fazerem a curva “Conduzindo Miss Daisy” e abrir espaço para alguns pilotos passarem tranquilamente. E essa foi a última vez que o “Deathstroke” foi visto na pista nesta noite na qual estava mais inofensivo que o Stuart Little. De qualquer forma, a largada pareceu um pouco mais tumultuada que de costume e será tema para o próximo briefing.

Depois das agitadas e difíceis primeiras voltas, no pelotão da frente, Léo Oliveira e Anselmo Hulk Sírio trabalharam boa parte da prova juntos para chegarem a ponta e se distanciarem dos rivais, para que então no final decidissem a bagaça entre eles. Mais uma vez, na hora de decidir, o Tumulto foi muito competente e venceu mais uma. O camarada está em grande fase e não é só na Copa BH, mas também em todos os outros campeonatos que vem disputando. Tendo em vista o momento, Léo passou de franco atirador à favorito, ou seja, o alvo.

Outro que já jogou as cartas na mesa e mostrou que vem para bagunçar o cassino é Pedro Mancini. Duas provas, com dois terceiros lugares. Diante do forte desempenho nestas duas etapas, dessa vez a PALAVRA DO PILOTO é dele: “Sobre o campeonato, gostei de ter entrado na Copa BH, tem um grid muito bom, com muitos amigos, e também o fato de mesclar entre os kartódromos de Betim e RBC é algo bacana para treinar nas duas pistas. Sobre a corrida, não dei sorte no sorteio dos karts e peguei um totalmente sem retomada e minha chance de pódio era aproveitar as oportunidades que aparecessem. Até a metade da prova fiquei na P6/P7, até que teve uma confusão no pelotão da frente e pulei para a P3. O Alan veio na P4, me escoltando e fomos assim até o fim.”

Fiquem espertos com esse jovem! Fechando o pódio na P5, o pole Maurim, e na P6 apareceu o ponto extra de evolução de pelotão. Ronan Emediato fez ótima prova, saiu da P12 para cruzar na P6. O líder Adalberto fez aquela prova para campeonato e fechou na P8.

Assim como Mancini, eu acredito que essas alternâncias de pista são fundamentais para a nossa evolução como piloto e para a competitividade do campeonato. Seriam três provas em Betim nesta temporada, mas infelizmente, devido a pandemia tivemos um cancelamento, mas voltaremos em Betim em novembro.

Ficha técnica :

  • Pole : Mauro Cezar, (Maurim, Menino de Ouro)
  • Vitória e Melhor volta: Léo “Tumulto” Oliveira.
  • Ponto de evolução de pelotão : Ronan Emediato (6 posições)

Súmula da comissão :

Infelizmente voltamos ter análises de vídeos, mas que não geraram punições. Porém alguns pilotos serão advertidos diretamente pela comissão, pois chegaram no limite máximo do tolerável e por ínfimos detalhes não sofreram sanções. A comissão analisa nesse momento novas regras disciplinares.

Video 1 : Guiboua x Marcelo – Sem punição

Vídeo 2 : Guiboua x Mauro x Alan – Sem punição

Agradecemos aos pilotos convidados Marco Brasil e Anselmo , pela ajuda na contagem dos lastros e peso, bem como suas importantes participações nos debates na comissão de analise de vídeos.

E como diria Kal-El : “para o alto e avante!!”

Sessão quem é o piloto ? Yuji Ide é um piloto japonês, que após apenas quatro GPS disputados teve sua licença cassada por condução perigosa após causar um grave acidente. Ide estreou na F1, na Super Aguri, tendo como companheiro de equipe o também japonês Takuma Sato. Na primeira etapa, no quali tomou 2.8 segundos, na segunda etapa 1.7 segundo e na terceira 3.8 segundos e na quarta veio a perda da superlicença.  Ide é conhecido como o pior piloto de F1 da era moderna. 

O acidente que foi a gota dágua.

https://www.youtube.com/watch?v=857V01ATAL4

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