Até breve…

Foi em Setembro de 2010 (obviamente não me lembro do dia, mas era uma quinta feira) que eu meu amigo Luis Fernando (tá bom, Tim Maia) vestimos a nossa cara de pau e fomos para o RBC Racing em Vespasiano, para emburacar em qualquer bateria aberta de Kart Indoor. Ele tinha um vale de uma corrida anterior que ele tinha tentado disputar e fracassou miseravelmente e resolvemos queimá-lo em outra corrida. E a intenção era só essa mesmo: correr uma corridinha de nada, depois de mais de dois anos sem disputar campeonato nenhum.
Mas aí, na entrada do kartódromo encontramos com o Lobão, figura lendária dos tempos de jornalismo na Fumec. E o Lobão disse que ia correr com uma turma e que estava sempre por lá, e perguntou se topávamos. E a tal turma eram o Ronan, o Gilson e o Estevão. E corremos com a turma.
E aí o Ronan disse que tinha um grupo de e-mails que ele usava para chamar a galera pra correr uma vez por mês e perguntou se podia incluir eu e o Tim Maia e nós dissemos que sim. E ali, naquele momento, estava gerado o embrião do que seria a Copa BH de Kart, embora ainda não tivéssemos a menor ideia disso.
2011: a primeira geração de campeões
E aí que recebemos os e-mails e voltamos a correr com aqueles malucos e nessas corridas avulsas ainda conhecemos o Marcelo e o Diogo. E aí que, em 2011, o Ronan marcou uma corrida em Betim, e estava chovendo horrores e o Tim Maia ganhou a corrida e resolveu montar uma planilha com uma pontuação para os 6 primeiros colocados.
Essa planilha foi pro grupo de e-mails do Ronan e todo mundo gostou da brincadeira e fizemos mais 10 etapas até o final do ano até chegamos a uma decisão histórica entre o Estevão e o Ronan, que perdeu o título quando a roda do kart dele caiu em plena reta oposta do RBC. E encerramos, assim, o primeiro ano da Copa BH de Kart, já com esse nome que não sei quem deu, mas ficou bom pra caralho.
Só sei que depois disso esse blog surgiu com seus textos engraçadinhos e as corridas de brincadeira viraram um campeonato de brincadeira. E aí, em 2012, recebemos o Rodrigo Marques, que trouxe o Marcelo Sousa e o Laurence, que trouxe o Marquinho, que nunca mais perdeu uma corrida da Copa BH na vida dele.
Esse 2012 terminou com o Ronan campeão e, antes da decisão, falei com o Tim Maia que precisávamos de um troféu e o filho da puta me apareceu no kartódromo com uma tacinha que não serve nem pra beber licor, mas o Ronan ficou feliz e todo mundo curtiu a final e era isso que importava, afinal.
Aquele negocinho brilhando na mão do Ronan era uma taça. Sim, acreditem. 
E a gente queria continuar correndo de brincadeira, mas começamos a receber gente graúda que mandava e-mail querendo participar da Copa. E assim, vieram o Giovane e o Murilo, que era um monstro e ganhou 2013com duas corridas de antecedência e só o Ronan chegou perto dele.
Nesse mesmo ano, recebemos o Carlos e o Leocádio e fizemos 12 etapas de bateria fechada, uma coisa que parecia absurda para quem tinha começado com 6 gatos pingados há dois anos. Mas não foi só isso: também fizemos um regulamento, incluímos descartes de resultados e aprendemos técnicas ninja de segurar o Lobão pra ele não bater em ninguém depois das corridas. E pra completar o serviço o Diogo e o Marcelo inventaram um aplicativo que era um espanto e hoje tem até as fotos feias dos pilotos.
Em 2013 o Murilo acabou com a brincadeira. Era hora do negócio ficar sério
Em 2014, não era mais brincadeira. Viramos quase profissionais, embora o Ronan e o Carlos ainda gostassem de tomar umas cachaças antes de ir pra pista, e o Rodrigo ocasionalmente corresse com um fone ligado a um celular que tocava sei lá o que.
E então publiquei uma foto no Facebook falando que ia começar o campeonato, e o Júlio viu e falou que queria participar e chegou lá com o Lélis, o Flavinho e o Hélio e até hoje o ônibus que ele usou pra levar a galera está estacionado no kartódromo. E ainda recebemos o William, que achou que seria uma boa pegar conselhos com o Tim Maia e não percebeu que isso atrasou a carreira dele em pelo menos 1 ano.
Bi-campeonato do Ronan e primeiro ano de quase profissionalismo. Quase. 
Mas aí, pra 2015, o Lélis levou o Roide pra correr e também apareceram o Sérgio, o Diego e o Rogério que, depois de anos de tentativas, finalmente conseguiu me ajudar a falar alguma coisa sobre automobilismo naquele grupo de Whatsapp.
E parecia que íamos ficar só nisso, aquela coisa semi-amadora, mas aí me aparece o Pablo e faz um campeonato espetacular e só perde no final porque arrumou uma viagem totalmente fora de hora, mas está perdoado porque visitou Spa-Francorchamps. E quando voltou, comprou um kart profissional e virou piloto de verdade! O primeiro da nossa copinha a alçar um vôo desses!
Marcelo campeão de 2015 e ainda revelamos o Pablo para o mundo
do automobilismo. Chupa GP2.
E ficamos tão metidos que resolvemos subir de categoria em 2016 e passamos a correr de superkart, e as disputas ficaram mais técnicas e mais difíceis. E ainda por cima recebemos o Juliano, os Leonardos Assis e Soares, o Israel, o Rodrigo Kleinpaul, o Raphael e o Matheus e o Gustavo que eu sempre confundo quem é quem, fico parecendo o Ronan que troca os nomes de todo mundo.
Todo mundo queria esses troféus em 2016 e o maior ficou com o Bruno.
Não eu, o Scopim. 
E aí que no dia 28/04, terceira etapa de 2017, encerrei minha participação neste campeonato que começou lá em 2011, com 6 caras e que hoje conta com 28 inscritos. Nosso sistema mostra que disputei 68 provas, ganhei 4 e marquei 929 pontos.
Sistema bobinho esse, hein Marcelo… O que ele não mostra é que conquistei um monte de amigos espetaculares,  apoio em momentos difíceis e celebrei com eles vitórias na vida que valem muito mais do que as 4 corridas (3 na chuva!) que ganhei na nossa Copa BH de Kart, o maior campeonato da história de humanidade.

A todos vocês meu muito obrigado, bons campeonatos e me aguardem que qualquer hora eu apareço! 
Pra mim é fim da linha por enquanto… E que a Copa BH de Kart tenha
uma looooonga história pela frente! 

Um comentário em “Até breve…”

  1. Bruno Aleixo, chorei de emoção e de rir também, você me fez lembrar e reviver coisas que pra variar havia apagado da minha memória. Nosso campeonato não será a mesma coisa sem sua ilustre presença meu amigão, mas você estará conosco em memoria em todas as corridas. Um grande abraço e que você voe sempre mais alto para conseguir alcançar seus objetivos.

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