Família Caldeira brilha, Marcelo volta a vencer e entra na briga pelo vice da temporada

Salve, Salve, cambada de Alex Yoong (saudade da Minardi). E é isso mesmo, para este pretenso colunista, assim como na F-1 Lewis Hamilton já é hexacampeão, na Copa BH, Ronan Emediato já é Tricampeão. Obviamente existem chances matemáticas, mas estou me baseando em desempenho e qualidade (e jogando a responsabilidade para ele). Se minhas convicções sobre título são mais afirmativas e imperativas, já pelo vice, e pelas demais posições que representam troféus, o negócio é uma briga de foice no escuro.

E lá se foi a 9ª etapa da Copa BH. Restando agora apenas 3 corridas para decidirmos toda a bagaça. Após mais uma boa passagem por Betim, voltamos ao RBC, para um traçado rápido, invertido e com o curvão Malaguti (o Wellington me disse pessoalmente que vai batizar o curvão em minha homenagem pelas minhas “proezas” no local). Realmente o traçado era rápido, mas com poucos e precisos pontos de ultrapassagem. E isso traz riscos, que serão tema mais a frente.

Na primeira fila, largavam Flavim Rodrigues e Laurence da Arábia, seguidos por Bicalho e Marcelo Caldeira. Prometo nunca mais escrever “pole” na coluna, pois “Pole position” é algo que se conquista numa classificação e vai para o currículo, o que não acontece conosco, com exceção da primeira etapa, apesar da minha luta e manifestações com pneus queimados na porta do Kartódromo.

Um adendo oportuno. Saibam bem o regulamento dos campeonatos que participam. O “Kojak DeathStroke”, esse cabeçudo que vos escreve, não tinha certeza dos termos, e ao trocar de kart, foi informado que da P6 original, passaria para último no grid, juntamente com Israel “Homem de Sal” que fazia a mesma opção de troca. Como não tinha certeza, não firmei o pé, então lá fomos para a última fila. ERRO grosseiro de todos, já que essa punição acontece apenas na primeira etapa do campeonato, justamente por ser a única que tem classificação.

E vamos à corrida.

Laurence aproveitando-se da posição de largada iniciou bem a corrida e assumiu a ponta, logo atrás vinham em boa disputa Bicalho, Marcelo Iceman e Flavim. Dando indícios do que vinha por aí, o atual campeão de gelo foi pra cima do Flavim e do “operário da velocidade”, o grisalho Bicalho. Missão dada é missão cumprida e já eram os dois. Partiu para cima do bom primo árabe. Com a frieza que lhe é peculiar, assumiu a ponta. Mas não foi tão simples assim, Laurence é veterano de guerra, e retomou a posição. Mas, o dia era de frio nas curvas do RBC e Marcelo voltou à liderança, e desta feita, abrindo uma distância que lhe garantiria a vitória.

Fato é que a corrida foi muito disputada, o pelotão central trocava de posições constantemente, e na bandeira quadriculada, a diferença do P2 para o P10 foi de apenas 1.9 segundos. Mais uma vez, 9 karts cruzaram a linha em menos de 2 segundos.

E ficou assim o pódio, 1-2 com os primos da Família Caldeira, seguidos por Júlio Gervásio, Israel Salmen (vindo do final do grid) e Mauro Ourique (na briga por um troféu).

Após a corrida, eu questionei  o Júlio sobre a possibilidade de título e sua resposta é a  “palavra do piloto”: “A vantagem do Ronan ainda é muito boa, são 35 pontos, não é impossível, mas bem difícil ultrapassá-lo. Por outro lado, se pensarmos que faltando 5 etapas, a vantagem dele era de 57 pts, significa que estou acelerando no caminho correto! Enquanto existirem chances matemáticas não irei desistir! Fiquei no top 5 em 3 temporadas na Copa BH! Com mais experiência esse ano, lutarei ao máximo para levar o caneco dessa vez!” Estaremos acompanhando.

Muitos toques ocorreram, assim como ocorrem em qualquer categoria. Hoje o grid é formado por todos os tipos de pilotos, experientes, em desenvolvimento, competitivos e desportistas. Essa mistura traz a dificuldade de conciliação. A questão é : até que ponto os toques poderiam ser evitados? Até onde estamos assumindo o risco de prejudicar a brincadeira do colega? A Comissão tenta cercar e coibir os excessos, o kartódromo pune, mas o principal é a atitude de cada um de nós. Vamos ver o que podemos melhorar, desde a comissão, passando pelo regulamento e pelo grid.

Os pilotos convidados dessa vez foram Leandro Dias e Estevão Gonçalves. Grato ao Leandro por colaborar na conferência dos lastros. Apenas Ronan enviou um vídeo para a análise, em lance com Adriano. Resultado final, não houve conduta punível, por 3 votos a 2.

A Copa BH retorna no dia 24 de outubro para sua 10ª etapa, e teremos mais um episódio da saga, “Em busca do Imediato Perdido”. Esperamos a presença dos frequentes e o retorno dos ausentes.

E como diria Kal-El : “para o alto e avante!!”