Aquele famoso capacete finalmente venceu na Copa BH

Salve, Salve, cambada de Riccardo Patrese (eu sei, esse tem história, mas pra mim, sempre foi mais ou menos, como todos vocês). No dia 24 de outubro foi realizada a 10ª etapa da Copa BH 2019. O campeonato parece seguir rumo ao Emediato Imediato. Mas dali para baixo, em busca de troféus na prateleira, tudo pode acontecer. Mas como Jack O Estripador, vamos por partes.

Pessoal, mais uma vez, venho em nome da comissão pedir um pouco mais de paciência e atenção no briefing, quando a comissão estiver expondo algo e principalmente quando o Wellington estiver falando para o grupo, inclusive é questão de respeito. E com a galera mais focada, o briefing acaba mais rápido, o que é melhor para todos, ok?

Outrossim, agradecemos ao Adalberto e ao Laurence, que nesta etapa, foram os controladores de peso e lastro, bem como os pilotos convidados para compor o grupo de análise de vídeos. Essa ajuda é fundamental para o bom andamento e credibilidade do campeonato.

E lá fomos nós, para mais uma noite de aventuras. Na pole position estava ele, o recém papai Rodrigo Roide. Conversando antes da corrida, ele me disse “Mas para mim não faz diferença nenhuma.” Na mesma hora o corrigi. “Não faz? Então larga lá no meio do bolo para ver se não faz!” E fez diferença para o Roide que vem em franca evolução, mostrou bom ritmo, liderou a prova nas primeiras voltas e fechou a corrida numa boa P4 (que virou P3). Pela sua evolução e boa prova, a PALAVRA DO PILOTO dessa vez é dele : “Prova muito difícil, mas com um traçado que me dou bem. Foi muito complicado segurar a posição, mas consegui no braço manter a posição e subir mais uma vez no pódio! Pódio importante, pois precisava dar uma reposta para a equipe que vinha me cobrando uma melhora de desempenho e, também, mostrar pra essa mídia golpista que o campeonato tem novos talentos!”

Mas a prova teve outros personagens. “Maurim menino de Ouro”, veio da quarta fila, para pular rapidamente para a ponta e brigar pela corrida até o fim, chegando na P2 a 0.155 do vencedor. Mauro faz boa temporada, está em quarto no campeonato e é forte candidato a levar um troféu para casa.

E o virtual campeão? Mais uma vez Ronan vinha com sua costumeira tocada incisiva, fez boa prova e finalizou na pista, na P3, mas o VAR da Copa BH foi acionado e não valeu!! A comissão o pegou em impedimento e o jogou 5 posições para baixo. Mas o merecido caneco continua bem próximo.

E eis que, aquele capacete verde amarelo, uma perfeita réplica, finalmente vingou na Copa BH. Adalberto “Senna” Diniz, morador do RBC, saiu das últimas posições, num ritmo muito forte, escalou o pelotão, não se envolveu em confusão e venceu sua primeira corrida neste ilustre campeonato. Lembro bem de sinalizar para o Adalberto esperar um pouco, quando ele me pressionava, pois eu tentava atacar o “Iceman”. Mas quando fui olhar de novo, ele já tinha ido!! As vezes escuto, “ah, mas ele disputa vários campeonatos!”. Isso não é demérito! Pelo contrário! É um cara que se dedica ao esporte e colhe os frutos. Adalberto, por várias circunstâncias, não briga pelo título este ano, mas se for mais presente em 2020, os postulantes que abram o olho com o capacete verde e amarelo.

No geral, a prova foi bem disputada, com menos incidentes, uma coisa ou outra vai sempre acontecer, mas nada fora do normal. Vídeos foram encaminhados e isso não é problema. Temos todos que considerar que isso, hoje em dia, faz parte de qualquer esporte, inclusive da F1. Buscamos coibir excessos e padronizar dentro do possível a conduta. Por isso tão importante a participação dos representantes dos pilotos a cada prova.

Súmula da comissão :

Ronan x Raphael Librelon : 4x 1 por conduta punível. Ronan perdeu 5 posições.

Mauro x André : 4 x 1 decidindo não haver conduta punível.

Guiboua x Kojak Malaguti : 4 x 1 decidindo não haver conduta punível.

Faltam duas etapas, Ronan e Julio se encontram em boas posições e devem se manter ali, agora do terceiro ao sétimo é briga de cego com foice na mão. Isso se o Laurence da Arábia não fizer um grande resultado na próxima e contar com alguma má sorte dos seus concorrentes, aí o P8 pode aparecer também. Estaremos lá no dia 07/11, feriado nacional, o Kojak Day!

E como diria Kal-El : “para o alto e avante!!”

Família Caldeira brilha, Marcelo volta a vencer e entra na briga pelo vice da temporada

Salve, Salve, cambada de Alex Yoong (saudade da Minardi). E é isso mesmo, para este pretenso colunista, assim como na F-1 Lewis Hamilton já é hexacampeão, na Copa BH, Ronan Emediato já é Tricampeão. Obviamente existem chances matemáticas, mas estou me baseando em desempenho e qualidade (e jogando a responsabilidade para ele). Se minhas convicções sobre título são mais afirmativas e imperativas, já pelo vice, e pelas demais posições que representam troféus, o negócio é uma briga de foice no escuro.

E lá se foi a 9ª etapa da Copa BH. Restando agora apenas 3 corridas para decidirmos toda a bagaça. Após mais uma boa passagem por Betim, voltamos ao RBC, para um traçado rápido, invertido e com o curvão Malaguti (o Wellington me disse pessoalmente que vai batizar o curvão em minha homenagem pelas minhas “proezas” no local). Realmente o traçado era rápido, mas com poucos e precisos pontos de ultrapassagem. E isso traz riscos, que serão tema mais a frente.

Na primeira fila, largavam Flavim Rodrigues e Laurence da Arábia, seguidos por Bicalho e Marcelo Caldeira. Prometo nunca mais escrever “pole” na coluna, pois “Pole position” é algo que se conquista numa classificação e vai para o currículo, o que não acontece conosco, com exceção da primeira etapa, apesar da minha luta e manifestações com pneus queimados na porta do Kartódromo.

Um adendo oportuno. Saibam bem o regulamento dos campeonatos que participam. O “Kojak DeathStroke”, esse cabeçudo que vos escreve, não tinha certeza dos termos, e ao trocar de kart, foi informado que da P6 original, passaria para último no grid, juntamente com Israel “Homem de Sal” que fazia a mesma opção de troca. Como não tinha certeza, não firmei o pé, então lá fomos para a última fila. ERRO grosseiro de todos, já que essa punição acontece apenas na primeira etapa do campeonato, justamente por ser a única que tem classificação.

E vamos à corrida.

Laurence aproveitando-se da posição de largada iniciou bem a corrida e assumiu a ponta, logo atrás vinham em boa disputa Bicalho, Marcelo Iceman e Flavim. Dando indícios do que vinha por aí, o atual campeão de gelo foi pra cima do Flavim e do “operário da velocidade”, o grisalho Bicalho. Missão dada é missão cumprida e já eram os dois. Partiu para cima do bom primo árabe. Com a frieza que lhe é peculiar, assumiu a ponta. Mas não foi tão simples assim, Laurence é veterano de guerra, e retomou a posição. Mas, o dia era de frio nas curvas do RBC e Marcelo voltou à liderança, e desta feita, abrindo uma distância que lhe garantiria a vitória.

Fato é que a corrida foi muito disputada, o pelotão central trocava de posições constantemente, e na bandeira quadriculada, a diferença do P2 para o P10 foi de apenas 1.9 segundos. Mais uma vez, 9 karts cruzaram a linha em menos de 2 segundos.

E ficou assim o pódio, 1-2 com os primos da Família Caldeira, seguidos por Júlio Gervásio, Israel Salmen (vindo do final do grid) e Mauro Ourique (na briga por um troféu).

Após a corrida, eu questionei  o Júlio sobre a possibilidade de título e sua resposta é a  “palavra do piloto”: “A vantagem do Ronan ainda é muito boa, são 35 pontos, não é impossível, mas bem difícil ultrapassá-lo. Por outro lado, se pensarmos que faltando 5 etapas, a vantagem dele era de 57 pts, significa que estou acelerando no caminho correto! Enquanto existirem chances matemáticas não irei desistir! Fiquei no top 5 em 3 temporadas na Copa BH! Com mais experiência esse ano, lutarei ao máximo para levar o caneco dessa vez!” Estaremos acompanhando.

Muitos toques ocorreram, assim como ocorrem em qualquer categoria. Hoje o grid é formado por todos os tipos de pilotos, experientes, em desenvolvimento, competitivos e desportistas. Essa mistura traz a dificuldade de conciliação. A questão é : até que ponto os toques poderiam ser evitados? Até onde estamos assumindo o risco de prejudicar a brincadeira do colega? A Comissão tenta cercar e coibir os excessos, o kartódromo pune, mas o principal é a atitude de cada um de nós. Vamos ver o que podemos melhorar, desde a comissão, passando pelo regulamento e pelo grid.

Os pilotos convidados dessa vez foram Leandro Dias e Estevão Gonçalves. Grato ao Leandro por colaborar na conferência dos lastros. Apenas Ronan enviou um vídeo para a análise, em lance com Adriano. Resultado final, não houve conduta punível, por 3 votos a 2.

A Copa BH retorna no dia 24 de outubro para sua 10ª etapa, e teremos mais um episódio da saga, “Em busca do Imediato Perdido”. Esperamos a presença dos frequentes e o retorno dos ausentes.

E como diria Kal-El : “para o alto e avante!!”