Primeira prova : PPPPP (Papai Pole Position Ponta a Ponta)

Salve, Salve, cambada de “Tora Takagi”, finalmente abriram-se as cortinas do teatro do RBC, e começamos mais uma temporada da Copa BH. Estreamos com 32 karts no grid, e isso porque ainda tivemos algumas importantes ausências.

Como previsto no regulamento, a primeira prova, e só ela, tem classificação (vaias e mais vaias rs), e com esse número de pilotos no grid, já entramos na pista com 2 desafios: um, achar uma volta limpa em 5 minutos e dois, classificar bem, pois largar no olho do furação ou no fim da fila torna mais difícil um bom resultado final.

E lá vai ele, com seu novo capacete do Valentino Rossi, Papai Ronan Emediato, em seu imediatismo, foi com a faca nos dentes e em sua última volta de classificação, cravou mais uma pole na carreira e deixou claro, que se o regulamento permitisse, iria atrás do recorde de poles de Lewis Hamilton, ainda em construção.

Ainda tiveram uma boa classificação : 2º Matheus Verstappen 3º Kojak Malaguti 4º Júlio Gervásio  5º  Israel Salmen 6º Estevão da MTB 7º Bruno Button Scopeta e 8º Flávio Renegado. Percebam, destes 8 primeiros classificados, eram 4 pilotos que estavam regressando depois de um longo e tenebroso inverno (“Winter Is Coming”).

Adalberto “Senna” Diniz, que tinha um problema relevante no pneu, deixou para trocar de kart após a bandeira vermelha e a regra é clara Galvão : Item 5.5 * único : “Para a primeira etapa do ano, a troca de kart realizada após o treino oficial, obriga o piloto a largar na última posição do grid.” E assim foi feito, “Rossi” abriu o grid e “Senna” fechou.

E lá fomos nós, alinhados, aquela ansiedade pré largada e… lá vem o Mauro Chapolin, defensor dos fracos e oprimidos, furando a fila para segurar o pelotão, avisando que o kart do Scopim tinha morrido, só que além de baita piloto, de “tocada Button” e tiro de escopeta, nosso amigo chinês é um “Jiraya” (sei que o ninja é japonês), e sentado no kart em movimento, em duas tentativas fez o motor funcionar e liberou a largada.

Diga-se aliás que a largada com 32 karts ocorreu sem incidentes mais relevantes. Mas a pergunta que não quer calar: o êxito na largada foi consequência da ordem estabelecida na classificação, ou no grid invertido com pilotos em ritmos diferentes e misturados, também não teremos problemas?? Isso você verá no próximo episódio deeeee…Spectremen.

Dada a largada, Ronan foi firme na primeira curva e manteve a ponta. Já Júlio conseguiu pular de P4 para P2. E assim, imprimiram um ritmo muito forte e seguiram até o fim da corrida, e ponto final (rs).

Poderia ser assim o contexto desta coluna, mas apenas no que se refere aos 2 primeiros. Muita coisa aconteceu atrás dos dois que pleitearam o trono dessa etapa. Verstappen e Kojak disputaram muito pela P3, trocaram posições, dividiam as curvas, mas se esqueceram do campeão de 2017 que vinha logo ali atrás e sem pedir licença abriu caminho para um retorno cheio de moral. Salmen (homem de sal, para os leigos, desculpem), depois que descontou a diferença e executou os dois, defendeu como poucos até o fim da corrida e levou o P3 pra casa.

E olhem que nessa tripla disputa, quase chegaram o Mauro Chapolin e o Button chinês, que faziam ótima prova. Mais algumas voltas, sei não, a medalha desse que vos escreve poderia rodar.

Dali para trás, o grupo ficou dividido em alguns pelotões, por exemplo Lelis, Flávio, Rodrigo Drummond, Jadson Rei do Açaí, Tio Gustavo e Marco Túlio, que ficaram boa parte da corrida se engalfinhando. E mais atrás ainda, parecia a música do Rappa, “Tumulto, corra que o tumulto está formado, vem cá, vem vê, vem cá, vem vê-ê, que dentro do tumulto pode estar você.”

Mas apesar de alguns toques, algumas ocorrências para a análise da comissão e do piloto escolhido para tal, não aconteceu nada que em todas as etapas de qualquer campeonato, amador ou profissional não aconteça.

Nas minhas colunas, a cada corrida, vou pegar a palavra de algum piloto escolhido por mim aleatoriamente, será a seção “Palavra do Piloto”. Na primeira, o atual campeão, o Iceman, Marcelo Caldeira disse o seguinte : “O campeonato 2019 começou muito forte! A turma está andando muito bem, mas tomei um toque na segunda volta que atrapalhou toda minha estratégia de corrida. Recuperei algumas posições mas poderia ter conseguido um resultado melhor. Vou com tudo para a próxima!”  Alguém duvida??

E vocês se lembram do “Senna Diniz” fechando o grid em último? Acabou numa ótima P13. E o primeiro campeão Estevão da MTB (Mountain Bike) que largou na P6?  Após rodar sozinho, terminou na P21. Além dessas reviravoltas, ocorreram problemas em alguns karts, lances polêmicos, e é assim, pois isso é automobilismo amigos e tudo pode acontecer nesse incrível esporte que testa o nosso próprio limite e o da máquina.

A segunda etapa está marcada para o dia 14/03, e espero que todos estejam lá.

E como diria Kal-El : “para o alto e avante!!”

Confraternização 2019

Salve, Salve, cambada de “De Cesaris”, caberá a mim a ingrata missão de substituir os insubstituíveis Bruno Aleixo e Júlio Gervásio na elaboração das resenhas pós corridas.

Não tenho a pretensão de atingir a maestria dos antecessores, mas tentarei ao menos registrar nossas corridas para continuar esta tradição da Copa BH.

Vou avisando que sou um cinéfilo frustrado (aliás, visitem o Instagram “Cine Kojak”), nerd, e acho que entendo de música boa, e por isso, possivelmente poderão aparecer referências nos textos, até que eu seja demitido pela distinta comissão.

Terminado o prefácio, vamos ao que interessa.

No dia 27 de janeiro, foi realizada a confraternização anual da Copa BH, que além de oferecer um belo churrasco, serviu para abrir as atividades deste grande campeonato. Vamos lamentar as ausências, que foram muitas esse ano, mas acima de tudo ressaltar as presenças.

Como não tem corrida anterior para basear o grid, começamos com uma classificação, que acho algo sensacional. A adrenalina já começa desde o início e já fica evidente quem tem “garrafa vazia pra vender”, e ainda, esse formato gera boas recuperações, como o Marcelo “Iceman” Caldeira, que largou na última fila e chegou no pódio. Pena que minha sugestão na pesquisa não foi acatada. Mas, como diria Eddie Vedder no Pearl Jam “It’s evolution, baby”. Não adianta fugir por muito tempo. Campeonato forte e nivelado tem que ter classificação !! Sim, sim, o colunista dá alfinetada na comissão e não admite censura! Kkk

O pole position foi o Papai Ronan, já na alta desde janeiro, e ao seu lado na primeira fila, Rodrigo Drumond confirmando o bom ritmo apresentado em 2018. Na segunda fila , o super constante Leandro Gomes e o agora residente no RBC, Mauro Cezar. Este adotou a receita do Adalberto, e está correndo 74 campeonatos e agora dividem alojamento no kartódromo.

Antes da largada, primeira novidade, uma nova estratégia em busca da vitória que se resume a deixar seus concorrentes tostarem 10 minutos no sol. Ideia da mente diabólica do Luís “Tim Maia”.

Segunda novidade, a largada lançada em fila dupla, sem nenhuma ocorrência, claro que o número de karts colaborou, mas fica o bom índício. Acredito que respeitando o espaço do “De Cesaris” ao lado, vai funcionar e assim, ninguém largará meia pista atrás, lá no toba da cobra.

Iniciada a peleja, o pole Ronan deu uma cochilada e perdeu algumas posições, mas foi só pra dar emoção. O camarada estava naqueles dias, e num ritmo muito forte se recuperou e venceu a prova e foi bebemorar com um bom churrasco.

Mas prova da Copa BH é igual clássico de futebol, tem que ter polêmica. Drumond vinha bem na prova mas sofreu um toque que deixou o camarada sedento por uma breja para esfriar a cabeça. O mais legal foi que ao esbravejar contra o fiscal ele tirou o pé achando que era a última volta, e quase perdeu mais 3 posições, para Kojak, Tumati e Gervásio que vinham atrás se divertindo durante toda a prova numa tríplice disputa por #@%&* nenhuma.

Terceira novidade, o novo e belo macacão do Rodrigo Roide, que ele fez questão de levar pra passear na grama do RBC.

Fim de prova, o pódio ficou com Ronan Papai, Leandro Gomes, Mauro Cezar, Leandro Lélis e Marcelo Caldeira

E foi assim…

Dia 7 de fevereiro teremos a primeira etapa, com direito a classificação e a nova largada com mais de 30 karts possivelmente. Além do retorno dos que não foram, como Estevão (campeão 2011), Bruno “Button” Scopim (campeão 2016), Israel Salmen (campeão 2017) e teremos algumas estreias. 2019 promete muito. Copa BH segue crescendo…

Até lá…e como diria Kal-El : “para o alto e avante!”