Autor: marcelo

Salve, Salve, cambada de “Max Chilton”. Depois de longo e tenebroso inverno (“the winter is coming”) a Copa BH voltou ao tradicional Kartódromo de Betim para sua terceira etapa. O local está sob nova direção e esse pessoal vem trabalhando forte para modernizar a estrutura e equalizar os karts. Na opinião desse escriba, é salutar essa saída do RBC, pois o que temos em mente? Saber andar de kart ou saber andar em Vespasiano? Tudo é diferente, o asfalto, os karts, a iluminação (algo a melhorar em alguns pontos) e é bom aprender com as diferenças. Ainda sou pato em Betim (mais do que no RBC), mas como melhorar sem andar? Espero ainda a Copa BH em Birigui, na Granja, no Beto Carrero. Vida não tem replay amigos

Vou fazer valer o meu contrato de liberdade de expressão, sem medo de fazer companhia para o Gentili em condenação e dar uma cutucada nos organizadores (normal). A comissão deve cravar o entendimento em qualquer assunto. Sobre a área de escape após a primeira curva, a comissão opinou, depois o Alexandre Vieira deu seu parecer, depois eu e o Laurence da Arábia demos outras opiniões e no final não ficou nada decidido. Eu pelo menos não ouvi a conclusão. E ainda, o Tim Maia ficou sozinho conferindo os pesos e isso demorou. É só uma pessoa para conferir os pesos dos 30 karts? Sobre o sinal verde na largada, eu não entendi foi  @*&¨%$ nenhuma, pois não fui informado do procedimento. Quando saí do alinhamento e entrei na reta, o sinal já estava verde! Se eu tivesse um “spotter” no ouvido ele gritaria : “Green ! Green ! Green!”. Eu ficava ali acelerando e freando sem saber, batia na frente, tomava pancada e depois vi o cara com a bandeira e entendi que tinha que esperá-lo. Well, se temos que esperar o cara baixar a bandeira, para que serve o sinal???

Ultrapassadas as preliminares, vamos ao mérito. Acho que a conversa, a reflexão e as punições surtiram efeito. Tivemos uma etapa muito disputada, ninguém facilitou para ninguém, mas tirando alguns lances isolados, foi tudo dentro do esperado de uma corrida de karts. Se lembrarmos da etapa anterior…

Primeira fila com Diego “Zina” Moreira e o rookie Marco Túlio, segunda fila com Jads & Jadson e o Markim. Largada moderada e controlada, mostrando que a fila dupla é viável e tudo depende da conduta dos kartistas (que massacre a pesquisa hein). Marco Túlio largou bem e pulou na frente, seguido pelo Zina, Jads do Açaí e Markim. Pouco tempo depois, de onde estava, vi apenas o Zina mostrando sua qualidade no rally, após toque com o Tim Maia, que após espalhar, voltou justamente da tal área de escape, tema do briefing. Tirando esse incidente, a tentativa de assassinato de cone pelo Tiozão da Massa e a punição automática do VAR ao Guiboua, nada a relatar. Claro que houveram toques, eu mesmo fui conversar com o Leandro e com o Marcelo após a corrida, mas quem não esperar algumas desestabilizadas, algumas raivas, dentro de um bom senso, acho que vai ter que se limitar à pelada no fim de semana com os tios barrigudos de 60 anos.

E lá vinha eu após algumas voltas, o Kojak Deathstroke, felizão, passando um ou outro, pensando, “tô bem, vai dar bom hoje” e de repente veio a famosa Locomotiva sem freio, tomei o “bump and go” do Iceman (reclamei claro), e nisso vieram junto com ele, o “Homem de sal”, o “Imediato” e ainda o Mauro Ourives, menino de ouro. Em uma curva só, se foram 4 posições.

Mas deu pra ver, em Betim, a peleja é mais pegada. Fortalece o braço e o espírito, senão não vai. Fica o aprendizado sempre.

A ultrapassagem me pareceu mais difícil por lá, pelo menos nesse traçado. Ali no meio do pelotão foi briga de foice no escuro, mas tipo Felipe Melo, tapa na cara com respeito. Vale destacar as atuações do Mauro Ourives (largada P18 chegada P4), Matheus Verstappen (largada P23 chegada P9) e Leandro Dias (largada P21 chegada P7). OBS : contabilizando punições. Destaque ainda para as cagadinhas que fizeram Markim (brigando pelo pódio) e Adriano Lima Imperador (melhor volta, voando baixo). Ambos rodaram sozinhos, sem “ajuda” de ninguém. Mas isso é o imponderável do automobilismo, essa é a graça desse esporte. Um “cabelímetro” a mais pode jogar fora sua corrida. Brincadeira a parte, estavam andando muito.

Sobre a locomotiva sem freio, lá se foram aqueles 4 camaradas para cima de todos,  mas um resistiu bravamente, o rookie Marco Tulio. Se segurou entre eles, acompanhou o imparável Ronan e o atual campeão Marcelo, e se manteve a frente do Mauro e Israel. Marco Tulio, em sua terceira corrida na Copa BH crava seu primeiro pódio com uma bela P3 e mostra que não vai apenas figurar nas corridas. E por isso, a palavra do piloto dessa coluna é dele :  “No dia da corrida estava esperançoso, largaria em segundo e coloquei como meta o meu primeiro pódio em campeonatos. Na largada tomei cuidado para não me envolver em nenhum acidente mas tinha certeza que os monstros uma hora me alcançariam. Na metade da corrida o Iceman me passou e ali sabia que minha melhor chance era segui-lo, ajudá-lo e ser ajudado por sua qualidade. Seguir o atual campeão  pegando o traçado ideal foi ótimo.  Não me preocupei em disputar, fui seguindo e com isso dificultando a chegada dos demais. Nas últimas voltas aparece o Papai colocando de lado, agora era hora de segui-lo. Fiz isso mais uma vez e logo depois a bandeirada, P3, suado, estratégico e enfim conquistado. A Copabh é o campeonato que mais queria um pódio, essa medalha vale muito! Um campeonato de amigos que cada vez mais demonstra que as disputas existem mas as amizades prevalecem.”

Sei que já está um pouco extenso, mas não posso deixar de citar a volta final do Marcelo Iceman Caldeira e do Ronan. Para quem não gosta dos meus apelidos, só lamento, pois não tem como não falar do Imediatismo (no sentido de iniciativa) do Ronan em sua manobra final. Belíssima! Ele ultrapassou o Caldeira, que venho em seu vácuo e mergulhou na Rodomec, Ronan previu a manobra e abriu para dar o X. Essa está lá no manual e também no vídeo do Marco Tulio. Na coluna anterior eu escrevi : “Já na segunda etapa, eu o aponto como favorito ao caneco, tipo Hamilton na F1”. “Cês que são bão aí ó”, melhor se coçarem, pois o Emediato já está abrindo frente na tabela do campeonato.

É isso prezados, voltaremos ao RBC para a quarta etapa no dia 16/05.  Até lá.

E como diria Kal-El : “para o alto e avante!!”

Salve, Salve, cambada de “Pastor Maldonado”. Estou pensando seriamente em mudar o critério dos nomes a serem utilizados para saudar os amigos da Copa BH. Acho que estou influenciando negativamente.

No ultimo dia 14, foi realizada a segunda etapa da Copa BH 2019. 31 pilotos se apresentaram ao desafio, sendo um convidado. O traçado possuía uma curva desafiadora, mas desafio mesmo foi escapar das confusões.
Alô comissão, lá vou eu de novo. Sabem qual a diferença entre a tranquila primeira etapa e a turbulenta segunda etapa? A classificação!! Hahahaha. Pois é, façam mesmo essa “mistureba” no grid, seus “Bernie Ecclestones” de granja !! Daqui a pouco vai ser tipo “Mario Kart”, com cascas de banana e poças de óleo.

Vamos por ordem cronológica dos fatos. Que briefing foi aquele? Deu até saudade dos meus tempos de colégio, ohhh “2º C”, galera do fundão, que tempo bom. Os caras lá na frente falaram para poucos, como se fossem professoras de Geografia e todo mundo só queria saber o número do seu kart. Sei que somos todos velhos de guerra, já rodados, e sabemos que não
estamos na Fórmula 1, mas não podemos confundir o bom clima de descontração e amizade com falta de compromisso e descuido. É até desrespeito com os caras ali na frente. Na minha opinião, sair para a pista no clima de boteco influi para a conduta e estamos numa “brincadeira” que demanda tempo, dinheiro e oferece riscos. E ainda, no briefing deveríamos apontar os temas polêmicos da etapa anterior, registrar as punições e o porquê das mesmas, dirimir dúvidas, pois nem todo mundo acompanha o grupo de whatsapp. Fica a sugestão.

Isto posto, vamos à pista. Largada em fila dupla, como nos grandes campeonatos, e a primeira fila era composta por “Laurence da Arábia” e Tim Maia. A Copa BH sempre se apresentando com classe, mas apesar desse glamour artístico, os nomes da corrida viriam do meio para trás do grid. Então vamos falar do pódio.

Flávio Henrique, esse nome que poderia ser de um cantor como José Augusto e Amado Batista, traz a marca de um cara com boa técnica e calma na pista. FH já vinha de uma boa P10 na primeira etapa, ainda mais se considerarmos que 2018 foi quase um ano sabático. Largou na P16, mostrou que quem é bom não desaprende e chegou na P5. Está querendo levar algo para a sua prateleira no fim da temporada.

GUIBOUA, estreante esse ano neste campeonato, é um operário do kart, experiente e dedicado. Além do belo casco, tem bons resultados em outras ligas. Também vinha de bom resultado na primeira etapa (P8) e aparece no pódio na segunda. De olho nele galera.

E o que escrever novamente sobre o Papai Emediato?? Vamos ser francos, já que somos todos ao menos conhecidos. Ronan é um dos mais visados e criticados na conduta dentro da pista, por ser agressivo e incisivo em ultrapassagens (não quer dizer desleal). Mas vi seu vídeo e foi uma bela corrida, limpíssima, sem reparos. Já na segunda etapa, eu o aponto
como favorito ao caneco, tipo Hamilton na F1. Depois de dominar a primeira etapa, largou na P24 e arrancou outro grande resultado, está muito motivado e com muita velocidade. Como
diria Galvão Bueno : “Segura que eu quero ver !!”

Na segunda posição do pódio, apareceu um sobrenome conhecido, SILVA, Adriano. Quem não entendeu, não conhece tão bem o Ayrton. O Silva da Copa BH largou da P28, e para chegar numa P2 em menos de meia hora de corrida, tem que estar muito focado e determinado. Porém o Silva da Copa BH estava determinado demais e caiu no exame de DNA da comissão e foi punido por vídeos em 2 incidentes, sim, ele era o pai. A P2 evaporou e todos
abaixo subiram uma posição. Adriano tem velocidade e tem disputado campeonatos fortes.

Ausente na primeira etapa, merece aqui o destaque mesmo após as punições. Não duvidem desse camarada.
E finalmente, Gustavo Duarte, o Tiozão da Massa, vence sua primeira corrida na Copa BH e coloca seu nome no hall da fama. O parentesco é com o Matheus Verstappen, mas é o tiozão da galera, sempre tranquilo, nunca alterado, famoso boa praça. E além disso, no seu jeito simples de ser e pilotar, anda muito e por essa primeira vitória a seção “Palavra do
piloto” é dele : “…Larguei em décimo terceiro, logo no começo da prova perdi algumas posições e vim remando, devagarinho, dei sorte em algumas batidas ocorridas que dei conta de sair fora. Estava esperando por uma vitória. Já havia conseguido um segundo e um quarto lugar, mas ganhar na Copa Bh com tantos pilotos bons, é muito gratificante. Que venham mais
pódios”.

Os pilotos citados podem estar resmungando; “está errado! Larguei mais atrás!”, mas larguem de ser mentirosos, e parem de enganar seus seguidores de redes sociais. Do grid enviado por email, houveram três ausências. Cambada de marqueteiros !!

No fim das contas, a comissão que geralmente é vidraça, se ergueu, mostrou força e desceu a caneta como pedia o momento. Punições foram aplicadas e que todos entendam, punidos ou não, o espírito da nossa Copa. Competir sim, mas com lealdade. Arrojo sim, mas com limites. Isso não quer dizer que não ocorrerão toques, erros etc. Claro que sim, isso é do esporte e acontece em qualquer corrida profissional. Mas os excessos demonstrados em alguns lances devem ser contidos.

Com as punições, Adalberto “Senna” herda a última vaga no pódio. Após a próxima etapa vou cravar meus favoritos nessa imperdível coluna, além do Emediato Imediato. No máximo mais quatro. Podem me cobrar depois, pois quem sabe, sabe. rs

A terceira etapa está marcada para o dia 11/04, em Betim. Primeira vez da Copa BH no tradicional kartódromo. Porém vários pilotos dessa liga extraordinária são figuras carimbadas naquela pista e podem mexer na tabela de classificação com essa experiência que outros não possuem. Espero que os ponteiros sejam acertados até lá e que façamos uma grande estreia.

E como diria Kal-El : “para o alto e avante!!”